sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Montanha-russa de emoções

Que faço eu aqui, preso neste parque de diversões?
Ou devo antes dizer, parque de emoções?
Porque sou eu atraído para a montanha russa?
Porque gosto eu de subir bem alto, para depois, num segundo, cair a pique no abismo?
Porque me sujeito eu a tal sofrimento arrítmico?
Neste parque de diversões onde as emoções flutuam e chocam entre sim, onde cada pequena tenda de diversões é ao mesmo tempo um templo de dor e sofrimento e onde cada emoção é uma faca de dois gumes, consigo ter um vislumbre da real felicidade, embora essa rapidamente se desvaneça como fumo no ar...
Sentado neste pequeno comboio de montanha russa consigo do alto ver para alem das vedações deste parque fechado, e é isso que me da forças para voltar a mergulhar nos carris desta maquina gigante.
As diversões continuam, a dor é o tempero de toda esta alegoria, criando um cocktail transcendente de emoções, que acaba por adormentar a mente.
E enquanto as diversões continuarem, também eu por este parque irei andar, continuarei a andar nesta montanha russa, continuarei a olhar para o lado de fora, continuarei a me alimentar dos pequenos pedaços de felicidade que apanho aqui e acolá, ate que o parque feche ou um dia alguém me traga a chave.....

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